The Tears Of Blood é uma banda de Gothic Rock de Guarulhos / SP,foi formada por Marcus Dutra e Valter Galdino em meados de 1991 ,desde então dá-se inicio a uma longa trajetória de músicas, concertos e envolvimento do grupo com o cenário alternativo de São Paulo, mais especificamente o cenário gótico.
Logo no início, quando algumas composições já estavam sendo feitas, viu-se a necessidade de transformar aquela parceria numa banda. Foi quando chamaram um grande amigo, Joyds, para assumir a missão de representar o grupo nos vocais, em seguida Sandinho assume a bateria da banda.
O grupo inicia uma série de ensaios tocando covers de bandas como Echo and the Bunnymen, The Mission, The Sisters of Mercy, Joy Division entre outros. Já com alguns ensaios realizados, a banda depara-se com uma garota que viria a ser a tecladista do grupo, Alessandra Carvalho, que trouxe para a banda as características sonoras que faltavam para os Tears of Blood começarem a mostrar o seu trabalho.
Pouco tempo depois deixa o grupo o baterista Sandinho, vindo a ser substituído por Emerson que também pouco tempo ficou, sendo substituído por Júnior Tatu.
Desta forma, o grupo vê-se completo na sua primeira formação, tendo a frente dos vocais Joyds, no contra-baixo Marcus Dutra, nas guitarras e backing vocals Valter Galdino, nos teclados Alessandra Carvalho e na bateria Júnior Tatu.
Podemos citar que esta fase foi muito importante no estabelecimento dos Tears of Blood, visto a realização de uma grande quantidade de concertos em Guarulhos e o aparecimento do grupo no cenário alternativo de São Paulo ao lado de bandas como Kaddish, Krummen Mauern, Elegia entre outras. Desta fase, também podemos destacar as composições criadas pelo grupo, que recebiam as letras de Joyds e Valter Galdino que também cuidava dos arranjos das músicas em parceria com o baixista Marcus Dutra. Algumas músicas foram registradas em demos, destacando-se composições como The End,One Minute,The Deep,Eyes to the Evil,To See the Present,Soul entre várias outras.
Já entre 93/94, após uma série de concertos por São Paulo, o baterista Júnior deixa a banda por opção própria sendo substituído por Zé Carlos, que trouxe para o grupo e sustenta até hoje o brilho das levadas marcantes apresentadas nas músicas. Após dois concertos realizados com o novo baterista, vocal e guitarra resolvem deixar a banda. Significava a saída de Joyds e Valter do grupo. Estava enfim terminada a primeira formação da banda The Tears of Blood.
Em meados de 94, os membros remanescentes do grupo Marcus Dutra, Alessandra Carvalho e Zé Carlos buscam de forma acentuada vencer as dificuldades e reestruturar a banda.
Um série de guitarristas e vocalistas são testados neste processo. A primeira vaga a ser ocupada foi a do vocal. Neste momento Vanessa Krongold conquistaria não só a banda com a sua bela voz, mas também uma grande quantidade de novos fãns para os Tears, visto que estavam acostumados com a figura masculina do vocal, agora tinham a figura carismática de Vanessa, que também veio a inserir violões nas apresentações ao vivo dos Tears, dando um brilho ainda maior a banda.
Nesta fase a banda contou com a participação especial de Eduardo (guitarrista do Krummen Mauern) nas guitarras do grupo. Não chegou a fazer concertos com a banda nesta época, mas participou num momento muito importante do grupo. Pouco tempo depois, Edu deixa a banda devido a outros compromissos. Neste mesmo período os Tears tinham um grande guitarrista por perto e faltava apenas à banda dar uma oportunidade a essa pessoa. É nesse momento que nasce a história de um ser chamado Vitor Rabelo com os Tears of Blood e a reestruturação definitiva da banda. A princípio, o mesmo procurou a banda respondendo a um anúncio para vocalista. Não teve a oportunidade esperada nos vocais, pois não era mais isso que procuravam, até que surgiu a oportunidade no dia em que Edu entregou a guitarra para ele, que já vinha assistindo a vários ensaios. Foi a surpresa mais agradável que a banda pode ter em termos de guitarra, estava ali, escondido um cara com potencial maravilhoso.
Nesta altura a banda estava mais uma vez completa, agora com Marcus Dutra no baixo, Alessandra Carvalho nos teclados, Zé Carlos na bateria, Vanessa nos vocais e Vitor Rabelo nas guitarras.
Três meses de ensaios e a banda sobe ao palco do Aeroanta, era a estréia e a apresentação para o público dos novos integrantes.
Foi uma fase que durou de 94 a meados 97, onde muitos concertos aconteceram. A banda tocou praticamente na grande maioria das casas noturnas existentes no cenário alternativo de São Paulo.
Quanto às músicas, podemos citar esta fase como a que projetou a grupo para a cena alternativa. A grande característica da banda nesta época foi a de tocar poucas covers, primando pelas composições próprias.Neste período nasceram composições como Depression, Mistery to the End, Black Alert, Darkness, Ups and Down, In the Way of the Soul, Answers, Imortality, entre tantas que marcaram esta formação. Foi sem dúvida nenhuma um período muito criativo do grupo, onde a parceria de Marcus Dutra e Vitor Rabelo nas letras e arranjos proporcionaram a definição exata da sonoridade da banda, marcada pelos ritmos envolventes e hipnóticos das baterias, pelas guitarras cheias de efeitos, baixos fortes e marcantes e teclados que davão o clima das músicas, sem contar a presença de um vocal vigoroso.
Em meados de 96 a banda entra em estúdio para realizar as gravações das músicas que viriam a compor a demo denominada Darkness, lançada no mesmo ano.
Após uma série de concertos e com o guitarrista já residindo em Minas Gerais, a banda entra num período de dificuldades devido a ausências e distâncias e vê cada vez mais a sua vocalista envolvida entre os seus estudos e outras bandas que participava. Já na virada de 97 para 98 foi inevitável a saída de Vanessa Krongold pelos motivos já expostos.
Com Vitor Rabello longe do grupo e sem a presença da vocalista, a banda naturalmente, deixa paralisada as suas atividades, com seus integrantes indo cuidar cada um de seus projetos, tendo desta forma encerrado-se o ciclo da segunda fase do grupo.
Após um período de inatividade, a banda marca o seu retorno em 1999. Com o facto de Vitor Rabelo estar novamente residindo em São Paulo e devido aos encontros mantidos com o baterista Zé Carlos, nasce a proposta de retorno as atividades da banda. Desta forma, Marcus Dutra e Alessandra Carvalho juntam-se aos dois componentes para celebrarem o retorno da banda.
Neste momento os vocais passariam a ser ocupados por outra pessoa e novamente a opção do grupo foi pelo vocal feminino, vindo a fazer parte da banda Andreza Husky, que mostrava muito potencial e disposição para encarar o fato de ter que substituir a vocalista anterior e todo o referencial desenvolvido anos antes.
O retorno teve como principal característica a retomada das composições da banda criadas na segunda fase, visto que pouco tempo depois do retorno às atividades, o grupo remasterizou o trabalho lançado na demo anterior e juntou o áudio de apresentações ao vivo da banda em meados de 95 e 96 e lançou o EP independente também intitulado Darkness, onde foram distribuídas pouco mais de 300 cópias para chamar atenção ao fato de que a banda estava de volta, muito mais madura e pronta pra novos desafios.
Iniciaram uma série de concertos por São Paulo, tendo ocorrido no Plastic o show que marcou o retorno da banda e a estréia da nova vocalista do grupo, Andreza Husky.
Os concertos da banda mostram-se cada vez maiores e mais produzidos tornando-se um diferencial para o público, destacando-se desta forma a figura do baterista Zé Carlos, um dos principais integrantes do grupo e responsável não só pelas baterias como também pela produção de palco nos shows realizados.
Logo em seguida veio o convite para participar numa coletânea junto com outras bandas de São Paulo e a necessidade de entrar em estúdio para realizar as gravações do que viria ser o segundo EP independente do grupo, material este que contou com a releitura de antigas composições como Darkness, Inthe Way of the Soul e Ups and Down e novas composições do grupo tais como Never Be the Same, Cold Room e Lunatic. Parte deste trabalho saiu na coletânea De Profundis, que definitivamente projetou o grupo na cena alternativa de São Paulo e de outros estados, como sendo ao lado das outras bandas desta coletânea, uma das principais representantes de um estilo denominado Darkwave.
Esta projeção levou a banda a tornar-se ainda mais conhecida através da execução da suas músicas na programação da rádio SP Rock 89,5FM e devido aos inúmeros sites, revistas e zines que faziam citação às atividades desenvolvidas pelo grupo.
Esta fase representa para o grupo o amadurecimento do trabalho num todo e especialmente dos componentes como músicos.
DARKNESS(1998)
01 UPS AND DOWN
02 DARKNESS
03 DEPRESSION
04 BLACK ALERT
05 IN THE WAY OF THE SOUL
06 MISTERY TO THE END
07 DEAD DOG’S HOOL
08 DEPRESSION ( AO VIVO )
09 DJAKART
10 ANSWERS
IN THE WAY OF THE SOUL(2000)
01 NEVER BE THE SAME
02 LUNATIC
03 COLD ROOM
04 DARKNESS
05 IN THE WAY OF THE SOUL
06 UPS AND DOWN